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sábado, 13 de agosto de 2011

13 de agosto - Dia das Bruxas



Agosto. Mês do desgosto, das bruxas, do gato preto, do cachorro louco.

13. Número do azar.

O mês de agosto e o número 13 têm sido cercados por inúmeras superstições, algumas delas derivadas de fatos históricos.

Em agosto do ano 79 d.C , Pompéia foi engolida pela maior erupção do Vesúvio. Foi também em agosto de 1572 que Catarina de Médici banhou a França de sangue, mandando à morte cem mil protestantes, na famosa e terrível noite de São Bartolomeu.

A Primeira Guerra Mundial teve início em agosto de 1914 e, em agosto de 1945, as cidades de Hiroshima e Nagasaki foram devastadas pela bomba atômica.

Há exatos 50 anos – 13 de agosto de 1961, se iniciava a construção do Muro de Berlim, que separaria por quatro décadas a Alemanha.

No Brasil, agosto não foi um bom mês para seus governantes. O suicídio do Presidente Getúlio Vargas, a renúncia do Presidente Jânio Quadros e a morte de Juscelino Kubitscheck aconteceram nesse mês.

Na antiga Roma, os incêndios de agosto não eram atribuídos ao calor do hemisfério norte, mas ao dragão que pairava sobre a cidade. Na Argentina, agosto é ainda o mês do cachorro louco.

O número 13 também não é visto com bons olhos. Jesus foi morto numa sexta-feira 13, depois de se reunir com seus apóstolos para a última ceia.

São 12 os meses do ano, as tribos de Israel, os apóstolos do Cristo e os signos do zodíaco. Portanto, sendo correto o 12, o 13 gera desequilíbrio.

No Tarô, 13 é o Arcano da Morte. Alguns autores temiam tanto a esse Arcano que não o nomeavam.

Na mitologia, 13 de agosto é dia de Hécate e de Ártemis, e é também o dia do nascimento da deusa babilônica Ishtar.


Você é supersticioso de carteirinha? Leu muita estória da carochinha? tss.. tss..
Para seu desgosto, hoje é lua cheia e 13 de agosto. Trate de se cuidar, porque a bruxa vai te pegar :P

HÉCATE - A DEUSA DAS BRUXAS

O nome Hécate deriva, provavelmente, da egípcia Heket, uma deusa com cabeça de rã associada ao estado embrionário do grão em decomposição que, num estágio seguinte, começaria a germinar. Heket era também a “parteira” que assistia ao nascimento do sol a cada amanhecer. A raiz do nome Hácate, Eka/th, é também rais de Ártemis, deusa com a qual é associada. O nome Hécate significa "a que fere a vontade" ou “aquela que age como lhe apraz".

A conexão de Hécate com o nascimento vem de sua origem como Heket; posteriormente, o mito helênico a chamou de “impura” pelo contato com o sangue dos recém-nascidos

Hesíodo, na Teogonia, diz que Hécate é filha dos titãs Asteria e Peres. Asteria era irmã de Leto, a mãe de Ártemis e Apolo. Uma tradição mais antiga diz que Hécate é filha de Erebo e Nyx, a noite; tradições posteriores atribuem sua paternidade à Zeus e Hera.

Os gregos helênicos incorporaram essa antiga Deusa ao seu panteão, assim como o fizeram com inúmeros outros deuses, tal como Afrodite, originalmente uma deusa guerreira do mediterrâneo. Apesar de fazer parte do Olimpo, Hécate estendeu seus domínios pelo céu, terra e submundo.

O próprio Zeus valorizava tanto a Hécate que teria lhe concedido o poder de dar ou negar aos mortais o que lhe pediam, incluindo riquezas e bênçãos.

Hécate é uma Deusa associada à adivinhação e previsão do futuro. Concede aos seus seguidores sonhos e visões que, se corretamente interpretados, possibilitam ver com maior clareza seu caminho.

Na Grécia, Hécate era uma deusa lunar, uma das trindades originais conectada com as três fases da lua. Era também a padroeira das parteiras, do nascimento, da fertilidade, da magia, das riquezas e da educação. Como anciã e parte de uma trindade, é associada à Perséfone (donzela) e Deméter (mãe) ou ainda simboliza a força escura da lua, enquanto que Ártemis é associada à lua crescente e Selene à lua cheia.

Essas três Deusas também simbolizam o céu – Selene, a terra – Ártemis e o submundo – Hécate.

Em sua associação com Perséfone, bem como com a egípcia Heket, está conectada com a morte e regeneração. Sua presença no mundo subterrâneo permitia aos pré-helênicos a esperança do renascimento e da transformação, em oposição a Hades, que representava unicamente a morte.

No submundo, Hécate era conhecida como Rainha dos Mortos. Enviava seus demônios à terra para atormentar os humanos e aparecia com seus cães em encruzilhadas, túmulos e locais onde crimes haviam sido cometidos.

Hécate, acompanhada por uma matilha de 50 cães de caça ou por Cérberos, cão de três cabeças, é adorada onde as estradas se cruzam ou em locais onde haja uma cruz no caminho, especialmente em noites de lua nova. À esses lugares os gregos levavam estátuas de três rostos, as Hecatea, e as ofereciam juntamente com banquete ritual. Os viajantes ofereciam sacrifícios à Hécate para que essa os protegessem durante suas viagens.

Cérbero era a contraparte grega de Anubis, o deus com cabeça de cachorro, filho da deusa da morte, Neftis, que levava as almas ao submundo.

Com sua matilha de cães negros, Hécate visitava os túmulos a fim de levar as almas ao submundo. No submundo, Hécate leva os mortos ao caminho que lhes é destinado: os que desafiaram aos deuses Hécate conduz ao Tártato; os que não são bons nem maus, leva às pradarias de Asfódelos e os virtuosos leva aos Campos Elíseos. Hécate é também encarregada da regeneração das almas. É sua guardiã e mestra, e as instrui nos ritos ocultos e mágicos, preparando-lhes para a reencarnação.

Com frequência a Deusa aparece com três cabeças: leão, cachorro e égua ou cachorro, serpente e leão. O Hectaraerion, pilar de Hécate, possui três cabeças e seis braços portadores de três tochas e três símbolos sagrados - a chave, a corda e a adaga (posteriormente transformada no athame)

Foi durante a Idade Média que Hécate passou a ser conhecida por Arpia ou Rainha das Bruxas, e teve seus poderes associados à magia negra. Para as autoridades católicas da época, as pessoas mais perigosas eram aquelas que tinham Hécate como protetora: as parteiras, curandeiras e videntes. Em nome da “purificação” da igreja, nove milhões de pessoas foram torturadas e queimadas na Europa medieval – a maior parte formada por mulheres.

Hécate é a Deusa profética, de visão clara e conhecimento da magia e das artes ocultas. Nas encruzilhadas, é capaz de ver claramente o passado, o presente e o futuro.

Os rituais de Hécate são celebrados nas horas mais escuras e seus seguidores se reúnem para estudar a sabedoria oculta, a adivinhação, a magia, o tarô e o uso de ervas medicinais e incensos.

Na grande magia das transmutações, Hécate nos ajuda a equilibrar a escuridão do inconsciente, povoado de temores e fantasmas, com nossa imensa reserva de energias criadoras. É a tocha de luz da Deusa nos mostrando o caminho do futuro.


Hino a Hécate (Teogonia, vv.404-452)

"Febe entrou no amoroso leito de Coios

e fecundou a Deusa o Deus em amor,

ela gerou Leto de véus azuis, a sempre doce,

boa aos homens e aos Deuses Imortais,

doce desde o começo, a mais suave do Olimpo.

Gerou Astéria de propício nome, que Perses

conduziu um dia a seu palácio e desposou,

e fecundada pariu Hécate a quem mais

Zeus Cronida honrou e concedeu esplêndidos dons,

ter parte na terra e no mar infecundo.

Ela também do Céu constelado partilhou a honra

e é muito honrada entre os Deuses Imortais.

Hoje ainda, se algum homem sobre a terra

com belos sacrifícios segundo o rito propicia

e invoca Hécate, muita honra o acompanha

facilmente a quem a Deusa propensa acolhe a prece;

e torna-o opulento, porque ela tem força.

De quantos nasceram da Terra e do Céu

e receberam honra, de todos obteve um lote;

nem o Cronida violou nem a despojou

do que recebeu entre os antigos Deuses Titãs,

e ela conserva seus dons da primeira partilha.

Nem porque filha única, menos partilhou de honra

e de privilégio na terra, no céu e no mar

e mais ainda , porque Zeus a honrou.

A quem quer , grandemente dá auxílio e ajuda,

no tribunal senta-se junto aos reis venerandos

na assembléia do povo, distingue a quem quer,

e quando se armam para o combate homicida

os homens, aí a Deusa assiste quem quer

e propícia concede a vitória e oferece-lhe glória.

Diligente quando os homens lutam nos jogos

aí também a Deusa lhe dá auxílio e a ajuda,

e vencendo pela força e vigor, leva belo pr~prêmio

facilmente, com alegria, e aos pais dá gloria.

Diligente entre cavaleiros assiste a quem quer,

e aos que lavram o mar de ínvios caminhos

e suplicam a Hécate e ao troante Treme-terra,

fácil e gloriosa a Deusa concede muita pesca

e sem dificuldade também ela , a arrebata deles,

no momento exato, conforme seu animo.

Diligente no estábulo com Hermes aumenta

o rebanho de bois e a larga tropa de cabras

e a de ovelhas lanosas, se o quer o seu ânimo,

de poucos avoluma-os e de muitos faz os menores.

Ainda que unigênita de mãe,

entre Imortais é honrada com todos os privilégios.

O Cronida a fez protetora da juventude que depois dela

viram a claridade da Aurora que cintila para numerosos olhos.

Assim foi esta Deusa desde os primeiros

tempos protetora da juventude e estes são seus atributos."

** Imagens da web

** Referências bibliográficas:

The Dark Goddess -Marcia Starck & Gynne Stern

O Oráculo da Deusa - Amy Sophia Marashinsky

Mitos e Tarôs - Dicta e Françoise

Hino a Hécate (Teogonia, vv.404-452)

** interpretação e textos - Mara Barrionuevo


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Lua Cheia de Agosto


Plenilúnio em 13 de agosto


* Plenilúnio em Aquário, Sol em Leão

Aquário é um signo de ar, regido por Urano. Urano representa o potencial criador, inventivo, renovador e transformador (meu professor de Astrologia, Ricardo Lindermann, dizia que Urano é tão revolucionário que anda “deitado” em sua órbita) . Aquário é o mais diferenciado dos signos; usa da habilidade mental para trilhar caminhos próprios e prever o futuro. Algumas de suas características positivas são o idealismo, a busca pela independência e o caráter humanitário que favorece as preocupações sociais.

Por outro lado, tende a rebeldia e indisciplina e as ações extremadas, que podem separá-lo das outras pessoas .

Leão é um signo de fogo, regido pelo Sol. Algumas de suas características positivas são a expressividade genuína, a transparência, a espontaneidade e a nobreza de sentimentos.

Por outro lado tende a ser arrogante, excessivamente vaidoso ou orgulhoso, buscando sempre aplausos para seus atos.

A combinação dessas forças opostas, nesse plenilúnio, nos oportuniza a expansão individual em direção ao grupo, o confrontamento entre comodismo e ousadia. Iluminando o Eu (Leão) favorece-se a participação em projetos comunitários e humanitários (Aquário).


Lua da Tempestade

Embora tenha adotado a característica que tem estado presente na natureza, nesse mês de agosto, para caracterizar esse plenilúnio, a lua cheia de agosto também é chamada de Lua dos Grandes Ventos, Lua do Gelo, Lua Selvagem, Grande Lua do Inverno.

No calendário lunar, é tempo de ritos de purificação com fogo (proximidade com o Sabath de Imbolc/Bridiget), de limpeza de ambientes, de cura de enfermos e busca de oportunidades.


Luis

O segundo signo que compõe o nome do calendário celta, Beth Luis Nion.

À energia desse plenilúnio corresponde ao signo da Sorva, Luis. A Sorva é uma árvore mágica conhecida como árvore da vida pelos celtas. Era guardada, de acordo com as lendas, por um dragão verde, símbolo da vida, numa época em que a noite é mais poderosa do que o dia.

A sorva seria a árvore que se eleva do centro de Stonehenge O verde da árvore e os bagos vermelho-fogo eram atribuídos a Deusa Bridigt e a época de seu festival e, em contrate com o cinza do inverno, marcavam a vivificação do ano, a fertilização fria da terra.

A respiração ardente de Bridgit e da sorva acendiam a corrente vital de energia das pedras, regenerando simbolicamente a chama da vida eterna.


A Matriarca da Oitava Lunação

"Aquela que cura". É a guardiã das artes curativas e dos ritos de passagem. Nos ensina que cada ato amoroso na vida é um passo no caminho da cura. Abrindo mão dos condicionamentos passados seremos capazes de curar o medo do futuro e iniciar um novo ciclo de vida por meio de um rito de passagem.

**não "girei a Roda", novamente, em relação ao Clã Matrifocal de agosto por se alinhar perfeitamente aos ciclos naturais desse mês.

* imagens retiradas da web

* Bibliografia consultada para informações mitológicas/históricas:

The Celtic Lunar Zodiac - Helena Paterson

O vôo da Águia - Leo Artése

Livro Mágico da Lua - D. J. Conway

O Anuário da Grande Mãe - Mirella Faur

* textos e interpretação: Mara Barrionuevo