Os fluxos sazonais da terra se refletem nos festivais da
Roda do Ano, e são influenciados, inclusive, pela energia do elemento ao qual
correspondem. Porém, a influência do elemento só se faz notar no hemisfério
norte, local de origem da Roda.
Isso porque o sol em Áries, que marca o início do ano astrológico e da estação de outono, tem a regência do elemento fogo, compatível com o equinócio de primavera no hemisfério norte, mas incompatível com a aproximação dos dias frios e do crescimento da escuridão, que vão até Yule.
Os equinócios são períodos de equilíbrio, quando o dia e a noite são iguais. Porém, diferente do equinócio de primavera, o outono é o momento em que se inicia o repouso após o labor.
Isso porque o sol em Áries, que marca o início do ano astrológico e da estação de outono, tem a regência do elemento fogo, compatível com o equinócio de primavera no hemisfério norte, mas incompatível com a aproximação dos dias frios e do crescimento da escuridão, que vão até Yule.
Os equinócios são períodos de equilíbrio, quando o dia e a noite são iguais. Porém, diferente do equinócio de primavera, o outono é o momento em que se inicia o repouso após o labor.
Os celtas chamavam de Herfest ou Hervest a esse equinócio, e
era esse seu último festival, uma vez que o ano celta se inicia em Samhain. Era
ocasião de grandes banquetes, que celebravam as dádivas da Mãe Natureza e
honravam em gratidão as energias do sol e da terra, responsáveis pela
abundância das colheitas.
Nessa época, todos os grãos deveriam ser colhidos e
armazenados, para que não houvesse fome na estação vindoura. Todos empenhavam
suas energias no árduo trabalho da colheita e o banquete, além de honrar os
Deuses e a terra, era sua recompensa pelo trabalho.
Lughnasad (ou Lammas), marca o início da colheita, no
aspecto sacrificial do Deus. O equinócio de outono – Herfest ou Mabon, marca a
conclusão da colheita, com ênfase no retorno futuro da abundância da terra.
Na mitologia celta, são Mabon e Modron, sua mãe, os deuses
relacionados a esse festival. Na Grécia e na Italia, é Perséfone a figura
central.
Mabon é um deus celta, e representa o princípio masculino da
fertilidade. É a Criança Divina do Outro Mundo, que desapareceu em seus
primeiros dias de vida.
Mabon up Modron significa ‘Mabon filho de Modron’, ou ‘filho
da Grande Mãe’. Seu desparecimento marca o retorno ao útero de Modron, assim
como a semente retorna à terra. Em Samhain o Deus morre e, até seu renascimento,
em Yule, navega pelas águas do útero fértil da Deusa. No solstício de inverno,
nasce a Criança da Luz e, na lenda de Mabon, é nesse período que ele será
resgatado pelo conhecimento de alguns animais mágicos.
Em Mabon, a Deusa dá adeus ao Deus velho, mas está grávida da criança que nascerá em Yule.
A Deusa é a Senhora da Abundância e o Deus é o grão sacrificado, ao ser colhido.
Na Grécia os Mistérios de Elêusis, que tinham como figuras
centrais Deméter e Perséfone, aconteciam no equinócio e, embora os iniciados
tenham guardado bem o segredo a cerca dos ritos, os Mistérios certamente tinham
como tema a colheita do cereal. Nos ritos Eleusianos, essa era a época da descida
da Deusa para o submundo, e versavam sobre os mistérios da morte e
renascimento.
Mabon marca a segunda colheita e o equilíbrio entre o dia e
a noite. Tem como símbolos o chifre (a parte interna representa a escuridão que
se aproxima), a cornucópia cheia de grãos e frutos que, com o formato de um chifre,
simboliza a abundância, a espiral dupla, símbolo do equilíbrio e a ‘Kern Baby’,
a Rainha da Colheita, confeccionada com ramos de trigo e grãos variados.
Em Mabon, agradecemos aos Deuses por tudo aquilo que
colhemos nesse período, mas também escolhemos as sementes daquilo que
pretendemos plantar na próxima estação.
Escolha com consciência as sementes que serão plantadas para o futuro, e Feliz Mabon.
Escolha com consciência as sementes que serão plantadas para o futuro, e Feliz Mabon.
Referências:
Rituais Celtas - Andy Baggott
Oito sabás para Bruxas - Janet e Stewart Farrar
Wicca, a Religião da Deusa - Claudiney Prieto
Imagens da Web