Ontem, 19 de
março, muita gente pelo planeta comemorou os 40 anos de fundação da Fellowship
of Isis.
E eu, tenho algo para contar? Tenho e, quase 19 anos depois, resolvi compartilhar.
E eu, tenho algo para contar? Tenho e, quase 19 anos depois, resolvi compartilhar.
Lammas, 1997. Isle of Avalon Fundation. 2º Goddess
Conference.
Glastonbury, Somerset, UK
E lá estávamos nós – meu ex-marido e eu, no meio de um ciclo de palestras, workshops, vivências e rituais.
Glastonbury, Somerset, UK
E lá estávamos nós – meu ex-marido e eu, no meio de um ciclo de palestras, workshops, vivências e rituais.
A palestra
seguinte seria de da co-fundadora da Fellowship of Ísis, Lady Olivia Durdin-Robertson.
Enquanto esperávamos por Lady Olivia, entra para falar uma senhorinha magrinha,
curvada, marcas da avançada idade no rosto, um cabelo desarrumado usando um
vestido muito simples. Tecido escuro salpicado de florezinhas, como aqueles de
nossas avós.
Aos 84 anos,
Lady Olivia me ensinou a primeira lição, mesmo antes de começar a falar: não é
a aparência, os adornos ou a pompa de vestes rituais que determina quem é você
na fila do Círculo. Um sacerdócio
incansável e uma infinita sabedoria se escondem, por vezes, atrás de um
vestidinho florido.
Dos
ensinamentos dela naquele dia, num inglês carregado de sotaque irlandês –
embora tenha nascido em Londres, tenho certeza de que ninguém naquela sala
esqueceu.
(A imagem da foto não é daquele dia. É da FOI, Lady Olivia Prs. H.)
(A imagem da foto não é daquele dia. É da FOI, Lady Olivia Prs. H.)
Num outro momento do Goddess Conference, a palestrante da hora era bem diferente: muito mais jovem e bem vestida, portava um cajado adornado por uma linda bola de cristal.
Uma chatice sem fim a conversa dela. Uma hora falando sobre seu precioso cajado, cuja madeira viera de Wales e a bola de cristal, sei lá ...dormi no meio da história. O nome da moça era Levanah Morgan.
(mais uma que me ensinou: jamais julgue superficial uma sacerdotisa que você não conhece, por uma hora de história)
No final da
tarde, Levanah faria um rito com os sacerdotes que vieram com ela. Ritual
fechado para quem tinha experiência em rituais. Me interessou o tema: visualização
conduzida por espelho num labirinto para chegar a Caer Arianrhod. Hummm ... a
moça deve ser sacerdotisa celta.
Para participar da visita a Caer Arianrhod, precisávamos de um espelho.
Para participar da visita a Caer Arianrhod, precisávamos de um espelho.
E pequenos ‘desastres’
em ritual, daqueles que você quer se esconder de vergonha, mas também tem
vontade de rir, acontecem nos melhores Círculos.
Pouco antes
do ritual, cadê o espelho? Esqueci. Meu ex-marido e eu corremos pela High
Street me busca de algum espelho. Encontramos e corremos de volta para o local
do ritual.
Chegamos em
cima da hora, esbaforidos de correr. Um lindo altar e, na frente dele o
precioso cajado. Alexis, ligeiramente atrapalhado tropeça e ...cadê o sagrado
cajado? Antes de quase derrubar o altar, o cajado já estava no chão,
ligeiramente desmembrado. A maravilhosa bola de cristal correu pelo salão para
algum lugar escondido (vantagens de treinamento e disciplina, Levanah não avançou nele, tampouco nos
colocou para fora.)
Todos sentados no chão, sacerdotes nos Portais, eu esquadrinhado com os olhos o local atrás da bola de cristal. Achei num canto escondido, mas não dava para furar o círculo e buscar. Ai sim, Levanah tentaria me matar.
Todos sentados no chão, sacerdotes nos Portais, eu esquadrinhado com os olhos o local atrás da bola de cristal. Achei num canto escondido, mas não dava para furar o círculo e buscar. Ai sim, Levanah tentaria me matar.
Mas, para
além da palestra chata e do pequeno ‘desastre’, ela conduzia com maestria o
trabalho ritual.
Abertos os Portais, vi um ser alado descer bem no centro do Círculo, olhando para cada um de nós. Mara, para. É animismo. Esfrega os olhos.
Humm .. não pode ser animismo. O rito é celta e quem está ali é “apenas” Ísis Alada. Terminado o ritual, contei para o ex-marido a visão. E ele faz o que? Conta pra Levanah.
Ela me olhou com um cara de espanto e perguntou: você sabe quem somos nós? Respondi que não; me interessou o rito celta.
- Nós somos a Fellowship of Isis (brasileira boca aberta!).
Ah tá, então, então ... é então eu vi Ísis.
- Alguém dê à brasileira desastrada a ficha de filiação, se ela aceitar. A visão de Ísis em ritual nosso, não dá para ignorar.
Levanah continua por ai, para não me deixar ‘mentir sozinha’.
Lady Olivia nunca se limitou ao maravilhoso castelo de sua família na Irlanda, sede da FOI. Criou inúmeros projetos e uma rede de partilha.
Essa rede é chamada de Centro de Projetos Especiais da FOI.
Para administrá-la, Lady Olivia nomeou a Rev. Levanah Morgan, Prs. H.
Abertos os Portais, vi um ser alado descer bem no centro do Círculo, olhando para cada um de nós. Mara, para. É animismo. Esfrega os olhos.
Humm .. não pode ser animismo. O rito é celta e quem está ali é “apenas” Ísis Alada. Terminado o ritual, contei para o ex-marido a visão. E ele faz o que? Conta pra Levanah.
Ela me olhou com um cara de espanto e perguntou: você sabe quem somos nós? Respondi que não; me interessou o rito celta.
- Nós somos a Fellowship of Isis (brasileira boca aberta!).
Ah tá, então, então ... é então eu vi Ísis.
- Alguém dê à brasileira desastrada a ficha de filiação, se ela aceitar. A visão de Ísis em ritual nosso, não dá para ignorar.
Levanah continua por ai, para não me deixar ‘mentir sozinha’.
Lady Olivia nunca se limitou ao maravilhoso castelo de sua família na Irlanda, sede da FOI. Criou inúmeros projetos e uma rede de partilha.
Essa rede é chamada de Centro de Projetos Especiais da FOI.
Para administrá-la, Lady Olivia nomeou a Rev. Levanah Morgan, Prs. H.
Parabéns à
Fellowship of Ísis pelos 40 anos de fundação.
Minha admiração, respeito e gratidão à Lady Olivia Durdin-Robertson, que nos deixou, mas jamais será esquecida. Seu nome está escrito nas estrelas.
Abençoada Isis, gratidão eterna por ter-me permitido cruzar o caminho de Lady Olivia. Gratidão eterna, embora não saiba até hoje o que fiz para merecer a visão da Tua beleza num ritual.
Minha admiração e respeito à Levanah Morgan que, mesmo depois do ‘pequeno desastre’ da quebra de seu cajado, demonstrou que um verdadeiro HP está muito acima do ego e reconheceu a visão de uma brasileira desastrada.
Minha admiração, respeito e gratidão à Lady Olivia Durdin-Robertson, que nos deixou, mas jamais será esquecida. Seu nome está escrito nas estrelas.
Abençoada Isis, gratidão eterna por ter-me permitido cruzar o caminho de Lady Olivia. Gratidão eterna, embora não saiba até hoje o que fiz para merecer a visão da Tua beleza num ritual.
Minha admiração e respeito à Levanah Morgan que, mesmo depois do ‘pequeno desastre’ da quebra de seu cajado, demonstrou que um verdadeiro HP está muito acima do ego e reconheceu a visão de uma brasileira desastrada.
Ancestors. Blood, Spirit,
We had the honor to drink of their wisdom.
19 years ago I heard her teachings.
She left this world in November 2013. Gratitude for
having been with us for so many years.
I miss her immense wisdom and humility.
Blessings, Lady Olivia Durdin-Robertson.