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quarta-feira, 20 de março de 2019

Mabon, Início do Ano Astrológico e Plenilúnio em Libra



Os fluxos sazonais da terra se refletem nos festivais da Roda do Ano, e são influenciados, inclusive, pela energia do elemento ao qual correspondem. Porém, a influência do elemento só se faz notar no hemisfério norte, local de origem da Roda.
Isso porque o sol em Áries, que marca o início do ano astrológico e da estação de outono, tem a regência do elemento fogo, compatível com o equinócio de primavera no hemisfério norte, mas incompatível com a aproximação dos dias frios e do crescimento da escuridão, que vão até Yule.
Os equinócios são períodos de equilíbrio, quando o dia e a noite são iguais. Porém, diferente do equinócio de primavera, o outono é o momento em que se inicia o repouso após o labor.
Os celtas chamavam de Herfest ou Hervest a esse equinócio, e era esse seu último festival, uma vez que o ano celta se inicia em Samhain. Era ocasião de grandes banquetes, que celebravam as dádivas da Mãe Natureza e honravam em gratidão as energias do sol e da terra, responsáveis pela abundância das colheitas.
Nessa época, todos os grãos deveriam ser colhidos e armazenados, para que não houvesse fome na estação vindoura. Todos empenhavam suas energias no árduo trabalho da colheita e o banquete, além de honrar os Deuses e a terra, era sua recompensa pelo trabalho.
Lughnasad (ou Lammas), marca o início da colheita, no aspecto sacrificial do Deus. O equinócio de outono – Herfest ou Mabon, marca a conclusão da colheita, com ênfase no retorno futuro da abundância da terra.
Na mitologia celta, são Mabon e Modron, sua mãe, os deuses relacionados a esse festival. Na Grécia e na Italia, é Perséfone a figura central.
Mabon é um deus celta, e representa o princípio masculino da fertilidade. É a Criança Divina do Outro Mundo, que desapareceu em seus primeiros dias de vida.
Mabon up Modron significa ‘Mabon filho de Modron’, ou ‘filho da Grande Mãe’. Seu desparecimento marca o retorno ao útero de Modron, assim como a semente retorna à terra. Em Samhain o Deus morre e, até seu renascimento, em Yule, navega pelas águas do útero fértil da Deusa. No solstício de inverno, nasce a Criança da Luz e, na lenda de Mabon, é nesse período que ele será resgatado pelo conhecimento de alguns animais mágicos.
Em Mabon, a Deusa dá adeus ao Deus velho, mas está grávida da criança que nascerá em Yule.
A Deusa é a Senhora da Abundância e o Deus é o grão sacrificado, ao ser colhido.
Na Grécia os Mistérios de Elêusis, que tinham como figuras centrais Deméter e Perséfone, aconteciam no equinócio e, embora os iniciados tenham guardado bem o segredo a cerca dos ritos, os Mistérios certamente tinham como tema a colheita do cereal. Nos ritos Eleusianos, essa era a época da descida da Deusa para o submundo, e versavam sobre os mistérios da morte e renascimento.

Mabon marca a segunda colheita e o equilíbrio entre o dia e a noite. Tem como símbolos o chifre (a parte interna representa a escuridão que se aproxima), a cornucópia cheia de grãos e frutos que, com o formato de um chifre, simboliza a abundância, a espiral dupla, símbolo do equilíbrio e a ‘Kern Baby’, a Rainha da Colheita, confeccionada com ramos de trigo e grãos variados.
Em Mabon, agradecemos aos Deuses por tudo aquilo que colhemos nesse período, mas também escolhemos as sementes daquilo que pretendemos plantar na próxima estação.
Referências:
Rituais Celtas - Andy Baggott
Oito sabás para Bruxas - Janet e Stewart Farrar
Wicca, a Religião da Deusa - Claudiney Prieto
Mabon, Início do Ano Astrológico
Plenilúnio em Libra
Áries, o primeiro signo do zodíaco, é um signo de fogo, regido por Marte. Representa os inícios, nascimentos, pioneirismos e iniciativas. Possui muita coragem, criatividade e poder de decisão. Tem espírito combativo e guerreiro e é um grande desbravador sempre pronto a trilhar novos caminhos, a desafiar a si mesmo e a vida e se lançar em aventuras. É forte, decidido, independente e original. Na roda zodiacal, nada vem antes dele, o que faz com que siga apenas seus instintos e intuição.
Por outro lado, sua veemência pode torna-lo agressivo e rígido, bravo e irritado. Seu espírito competitivo, em excesso, pode afastá-lo de outras pessoas e suas iniciativas, se impensadas, podem resultar em situações complicadas.
Libra é um signo de ar, regido por Vênus e, em 2019, acontece o plenilúnio nesse signo em pleno Equinócio de Primavera.
Libra é representado por uma balança com seus dois pratos e propõe o justo, o caminho do meio, impulso e contentamento, espontaneidade e reflexão, atração e repulsão de forças contrárias. Moderação, equilíbrio e harmonia são características de Libra, assim como o refinamento, a beleza, a inteligência do elemento ar e a natureza sutil da ponderação.
Por outro lado, é justamente nesse poder de atração que Libra exerce o encantamento sobre o outro para que o outro permaneça próximo, ao seu lado, cultuando-o como a melhor das companhias.
A combinação de um signo masculino regido por Marte com outro regido por Vênus ressalta, ao mesmo tempo, a oposição e a complementação das polaridades: combate e conciliação, eu e o outro, imposição e diplomacia, dar e receber.
Essa polaridade favorece a busca pelo equilíbrio nos relacionamentos, procurando meios adequados para estabelecer igualdade e harmonia, sem sobrecarregar nenhum dos pratos da balança. É o momento de buscar o caminho do meio entre a agressividade de Marte e a passividade de Vênus.

Que tenhamos um Feliz Mabon e saibamos aproveitar a energia desse plenilúnio.
Blessings.

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