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quarta-feira, 20 de março de 2019

Mabon, Início do Ano Astrológico e Plenilúnio em Libra



Os fluxos sazonais da terra se refletem nos festivais da Roda do Ano, e são influenciados, inclusive, pela energia do elemento ao qual correspondem. Porém, a influência do elemento só se faz notar no hemisfério norte, local de origem da Roda.
Isso porque o sol em Áries, que marca o início do ano astrológico e da estação de outono, tem a regência do elemento fogo, compatível com o equinócio de primavera no hemisfério norte, mas incompatível com a aproximação dos dias frios e do crescimento da escuridão, que vão até Yule.
Os equinócios são períodos de equilíbrio, quando o dia e a noite são iguais. Porém, diferente do equinócio de primavera, o outono é o momento em que se inicia o repouso após o labor.
Os celtas chamavam de Herfest ou Hervest a esse equinócio, e era esse seu último festival, uma vez que o ano celta se inicia em Samhain. Era ocasião de grandes banquetes, que celebravam as dádivas da Mãe Natureza e honravam em gratidão as energias do sol e da terra, responsáveis pela abundância das colheitas.
Nessa época, todos os grãos deveriam ser colhidos e armazenados, para que não houvesse fome na estação vindoura. Todos empenhavam suas energias no árduo trabalho da colheita e o banquete, além de honrar os Deuses e a terra, era sua recompensa pelo trabalho.
Lughnasad (ou Lammas), marca o início da colheita, no aspecto sacrificial do Deus. O equinócio de outono – Herfest ou Mabon, marca a conclusão da colheita, com ênfase no retorno futuro da abundância da terra.
Na mitologia celta, são Mabon e Modron, sua mãe, os deuses relacionados a esse festival. Na Grécia e na Italia, é Perséfone a figura central.
Mabon é um deus celta, e representa o princípio masculino da fertilidade. É a Criança Divina do Outro Mundo, que desapareceu em seus primeiros dias de vida.
Mabon up Modron significa ‘Mabon filho de Modron’, ou ‘filho da Grande Mãe’. Seu desparecimento marca o retorno ao útero de Modron, assim como a semente retorna à terra. Em Samhain o Deus morre e, até seu renascimento, em Yule, navega pelas águas do útero fértil da Deusa. No solstício de inverno, nasce a Criança da Luz e, na lenda de Mabon, é nesse período que ele será resgatado pelo conhecimento de alguns animais mágicos.
Em Mabon, a Deusa dá adeus ao Deus velho, mas está grávida da criança que nascerá em Yule.
A Deusa é a Senhora da Abundância e o Deus é o grão sacrificado, ao ser colhido.
Na Grécia os Mistérios de Elêusis, que tinham como figuras centrais Deméter e Perséfone, aconteciam no equinócio e, embora os iniciados tenham guardado bem o segredo a cerca dos ritos, os Mistérios certamente tinham como tema a colheita do cereal. Nos ritos Eleusianos, essa era a época da descida da Deusa para o submundo, e versavam sobre os mistérios da morte e renascimento.

Mabon marca a segunda colheita e o equilíbrio entre o dia e a noite. Tem como símbolos o chifre (a parte interna representa a escuridão que se aproxima), a cornucópia cheia de grãos e frutos que, com o formato de um chifre, simboliza a abundância, a espiral dupla, símbolo do equilíbrio e a ‘Kern Baby’, a Rainha da Colheita, confeccionada com ramos de trigo e grãos variados.
Em Mabon, agradecemos aos Deuses por tudo aquilo que colhemos nesse período, mas também escolhemos as sementes daquilo que pretendemos plantar na próxima estação.
Referências:
Rituais Celtas - Andy Baggott
Oito sabás para Bruxas - Janet e Stewart Farrar
Wicca, a Religião da Deusa - Claudiney Prieto
Mabon, Início do Ano Astrológico
Plenilúnio em Libra
Áries, o primeiro signo do zodíaco, é um signo de fogo, regido por Marte. Representa os inícios, nascimentos, pioneirismos e iniciativas. Possui muita coragem, criatividade e poder de decisão. Tem espírito combativo e guerreiro e é um grande desbravador sempre pronto a trilhar novos caminhos, a desafiar a si mesmo e a vida e se lançar em aventuras. É forte, decidido, independente e original. Na roda zodiacal, nada vem antes dele, o que faz com que siga apenas seus instintos e intuição.
Por outro lado, sua veemência pode torna-lo agressivo e rígido, bravo e irritado. Seu espírito competitivo, em excesso, pode afastá-lo de outras pessoas e suas iniciativas, se impensadas, podem resultar em situações complicadas.
Libra é um signo de ar, regido por Vênus e, em 2019, acontece o plenilúnio nesse signo em pleno Equinócio de Primavera.
Libra é representado por uma balança com seus dois pratos e propõe o justo, o caminho do meio, impulso e contentamento, espontaneidade e reflexão, atração e repulsão de forças contrárias. Moderação, equilíbrio e harmonia são características de Libra, assim como o refinamento, a beleza, a inteligência do elemento ar e a natureza sutil da ponderação.
Por outro lado, é justamente nesse poder de atração que Libra exerce o encantamento sobre o outro para que o outro permaneça próximo, ao seu lado, cultuando-o como a melhor das companhias.
A combinação de um signo masculino regido por Marte com outro regido por Vênus ressalta, ao mesmo tempo, a oposição e a complementação das polaridades: combate e conciliação, eu e o outro, imposição e diplomacia, dar e receber.
Essa polaridade favorece a busca pelo equilíbrio nos relacionamentos, procurando meios adequados para estabelecer igualdade e harmonia, sem sobrecarregar nenhum dos pratos da balança. É o momento de buscar o caminho do meio entre a agressividade de Marte e a passividade de Vênus.

Que tenhamos um Feliz Mabon e saibamos aproveitar a energia desse plenilúnio.
Blessings.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Ostara - Equinócio de Primavera


                            Eostre / Ostara

Ostara marca o equinócio de primavera, momento de equilíbrio do ano, quando o dia e a noite são exatamente iguais.
No hemisfério norte, acontece por volta de 21 de março, tempo em que no sul se comemora a Páscoa.  A Páscoa não tem data fixa, porque acontece após a primeira lua cheia do equinócio.
Essa festa cristã, a ressureição do Cristo, traz consigo os elemento de Ostara:  o ovo e o coelho.
O dia de Páscoa é determinado pelo primeiro domingo (dia do Sol) após a primeira lua cheia (o símbolo da Deusa grávida), após o equinócio (no hemisfério Sul, o equinócio de outono).

Na antiguidade, algumas representações de Deusas mostravam-nas acompanhadas de animais, incluindo lebres, coelhos e ovos.
Na Grã-Bretanha era cultuada uma Deusa com o nome de Andraste. Pouco se sabe dessa Deusa, a não ser que era cultuada pela rainha-guerreira Boadicea. Andraste era associada à lua e o coelho era seu animal sagrado. De acordo com a história, a rainha Boadicea esteve perto de expulsar os conquistadores romanos, soltando uma lebre um pouco antes da batalha. Ao observar o padrão de fuga da lebre, Boadicea teria previsto os rumos da batalha.
Uma versão posterior de Andraste é Eostre (interessante observar que o termo equivalente à Páscoa, em inglês, é easter). Eostre é a mesma Ostara, a deusa saxã da primavera e da fertilidade.
Nas representações de Eostre, a Deusa traz um ovo numa das mãos e tem um coelho aos seus pés. O coelho é sabidamente um símbolo da fertilidade, motivo pelo qual é o animal sagrado de Ostara. Seu ciclo gestacional é de 28 dias, mesmo período de uma lunação.  Já o ovo desde os tempos primitivos é símbolo de criação e nascimento.
Havia o Ovo do Mundo chamado pelos hindus Hiranya Garbha, no qual Brahma foi gestado e o Ovo do Mundo dos egípcios que procede Knef, a divindade não criada.
Havia ainda o Ovo da Babilônia no qual a deusa Ishtar foi gestada. De acordo com a lenda, o Ovo da Babilônia caiu no rio Eufrates.
Ovos coloridos foram usados durante centenas de anos na estação da primavera - a estação da fertilidade, pois o ovo é e sempre será emblema de nascimento ou de renascimento humano ou cósmico, celeste e terrestre. Na antiguidade eram pendurados em templos egípcios e trocados como símbolos sagrados. Ainda hoje podemos vê-los suspensos nas mesquitas maometanas.



Já a Deusa Ostara era o símbolo da ressurreição e adorada por vários povos, sob diferentes nomes - Ostara, Ostera, Esther, Eostre e Andraste, no início da estação das flores. Era costume entre os pagãos saxões e escandinavos, em tal época do ano, a troca de ovos coloridos, chamados de “ovos de Ostara”, que se tornaram os atuais ovos de Páscoa.
Os romanos celebravam a primavera com corridas em pistas ovais.  Como prêmio, eram distribuídos ovos. Desde a antiguidade, vários povos celebram nessa ocasião, o equinócio de primavera,  um dos oito festivais da Roda do Ano, conhecidos atualmente por Sabás.
O festival do equinócio de primavera é um antigo rito de fertilidade que celebra o renascimento da vida na terra e o tempo do equilíbrio. É o momento no qual a donzela Kore retorna do reino de Hades para os braços de sua mãe, Deméter. Feliz, a Deusa faz a terra brotar. Nesse Festival, são honradas as deusas Ostara e Eostar, motivo pelo qual algumas Tradições chamam tal ocasião de Festival de Eostar. Em homenagem à Deusa, os pagãos ainda hoje pintam ovos com tinta colorida e presenteiam amigos ou atiram nas fogueiras (nesse caso, o ovo especial pintado de dourado)



Embora o casamento dos Deuses se dê em Beltaine, o equinócio também marca a união fértil e sagrada do feminino e masculino, Sol e Lua em sua dança espiral.
Ostara celebra o despertar da terra, mas não é um festival de colheita – isso se dá em Lammas, Mabon e Samhain.
É sim um momento de semear (como fazem nos países mais ao norte).  Semear projetos, ideias e desejos, para que se possa começar a colheita no próximo ciclo.

Feliz Equinócio.
Abençoados sejam todos os filhos da Terra.

(imagens da web)

sábado, 8 de julho de 2017

A Lua Cheia de Julho



Plenilúnio em Capricórnio - Sol em Câncer
09 de julho de 2017 às 01:08:31



Capricórnio é um signo de Terra, regido por Saturno. Tem como algumas de suas características a organização, a praticidade, a responsabilidade e suficiente paciência para esperar pela concretização da estabilidade e segurança que procura.
Por outro lado, a “cabra da montanha” sobe, pois almeja sempre o mais alto possível, onde possa colher status e poder e ser reconhecido como alguém que atingiu o sucesso (a forma positiva ou simplesmente egoísta dessa característica vária naturalmente, de pessoa para pessoa).
Saturno é associado à experiência sábia dos idosos. Confere prudência, determinação e sua influência é lenta e pesada, embora caminhe a passos firmes. Governa a terra, de onde a humanidade tira seu sustento, e a casa que lhe serve de abrigo. Influência o ponderar sobre como sair de nossa rotina, modelando e construindo novas vivências.



Câncer é o signo associado à Grande Mãe e a Lua, a própria representação Dela. Nas antigas culturas que já reverenciavam a Deusa Tríplice, a observação dos ciclos lunares foi a primeira forma de entendimento dos múltiplos atributos do Sagrado Feminino. É também a Lua que rege as marés, tanto as psíquicas e emocionais quanto os mares do planeta.
É um signo de água, regido pela Lua, e representa a fase em que a natureza gera novas sementes e se reproduz. Tem como algumas de suas características a sensibilidade, a percepção psíquica, o amor á família (principalmente à mãe), a criatividade, a fertilidade, a geração e preservação e a facilidade de criar vínculos afetivos.
Por outro lado, a sensibilidade extrema o faz necessitar de segurança e proteção e torna-o, por vezes, incapaz de se responsabilizar por seus atos, a crescer e se tornar adulto e, na falta da família, a substituí-la por outras parceiras nas quais se sinta acolhido e cuidado.


A combinação dessas forças opostas, nesse plenilúnio, nos oportuniza a criação de uma estrutura segura, organizada (terra), que tenha por objetivo a abertura psíquica (água) para receber orientações de nosso Eu superior. Essa polaridade cósmica nos convida a desenvolver a sensibilidade de forma organizada para que os ensinamentos da Grande Mãe fluam do inconsciente para o consciente criativo.
Exercício de conexão com a Lua (para qualquer plenilúnio):
Sob a luz da lua cheia, erga as mãos em direção à lua, formando um triângulo com os polegares e indicadores se tocando. Focalize sua atenção diretamente na lua e puxe a luz prateada para seu corpo pedindo auxilio, orientação e energia para aquilo que deseja.
Quando sentir-se preenchido dessa energia lunar, agradeça a benção recebida e toque a terra com as mãos, para desfazer a conexão.

DUIR

O sétimo signo que compõe o nome do calendário celta, Beth Luis Nion.
A energia desse plenilúnio corresponde ao signo do Carvalho, Duir. O carvalho é a árvore sagrada, da qual os druidas retiravam uma planta mágica, o Gui. Um druida subia na árvore e, de forma ritualística, fazia a colheita do ramo de Gui com uma faca de ouro com um formato de uma pequena foice. Ao pé do carvalho, outros druidas recebiam a planta sagrada e a distribuíam ao povo como símbolo de saúde e felicidade.



A LUA DO LOBO
Embora tenha adotado o Lobo para caracterizar esse plenilúnio, essa Lua também é chamada Lua Fria, Lua Quieta, Lua da Neve, Lua Casta.
No calendário lunar, esse é o tempo dos ritos de renovação espiritual, de busca pela clareza, de abertura da mente e de meditação no eu mais elevado.



A MATRIARCA DA SÉTIMA LUNAÇÃO
Aquela que ama todas as coisas
É a guardião do amor incondicional. Seus ensinamentos são sobre o amor e a compaixão em todas as manifestações da vida: amar-se sem restrições, quebrar padrões impostos de dependência e incentivar nossa criança interior a aceitar e dar amor, curando as feridas do passado.

* imagens retiradas da web
* Bibliografia consultada:
The Celtic Lunar Zodiac - Helena Paterson
Magia Xamânica - Derval & Victória Gramacho
Livro Mágico da Lua - D. J. Conway
O Anuário da Grande Mãe - Mirella Faur

* textos e interpretação: Mara Barrionuevo

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Afrodite - Amor, Sensualidade e Sexualidade



Cada mulher é protagonista de uma jornada que começa com seu nascimento e, ao longo da vida, será confrontada com desafios dos quais o resultado será o reflexo de suas escolhas.
A forma de escolher/ver/viver a vida, depende intimamente do conhecimento que cada uma tem de si mesma, de seus valores, potenciais e capacidade criativa de assimilar vitórias e fracassos. Infelizmente tais valores são, em sua maioria, influenciados por estereótipos patriarcais que dizem o que a sociedade espera da mulher.
Resgatar nossa sacralidade é obter de volta o poder, a inteireza e o reconhecimento da força interior, se desvencilhando de rótulos e limitações.
As Deusas precisam de expressão na vida da mulher, para que aconteça o despertar da consciência feminina. É esse despertar que possibilita viver de forma criativa e positiva o amor, a sensualidade, a sexualidade, os relacionamentos em suas várias facetas, o trabalho e a relação consigo mesma.

Quando Afrodite está ativa e presente em nosso íntimo, um magnetismo pessoal nos induz a caminhar em um campo carregado de beleza, erotismo, percepção sensual e sexual.
Nos tornamos atraentes e vibrantes interna e externamente. O estado de encantamento é evocado.
É a energia sutil de Afrodite que nos faz ver a nós e ao mundo não como um estereótipo, mas com uma Deusa/mulher revelando sua imagem interior. Através dos olhos de Afrodite, vislumbramos o mundo nas suas diversas e infindáveis possibilidades. Cores, cheiros, sabores, sons, toques.

Desconhecer nossa Afrodite interior é viver no deserto árido, sem cor, sem vida. Afrodite é uma necessidade imperativa. Ela é a Beleza e a Deusa amada que nos sorri. É através dela que os outros deuses se manifestam e deixam de ser meras abstrações arquetípicas. É a Deusa Alquímica, que carrega graciosamente qualidades das Deusa Virgens (aquelas independentes, autoconfiantes, que dispensam aprovação alheia) e das Deusa Vulneráveis (aquelas cujo bem estar depende de um relacionamento estável e representam os papéis tradicionais de esposa, mãe e filha).
Afrodite aprimora nossa percepção do mundo e de nós mesmas. E ‘perceber’ é o modo de conhecer o mundo e nossa Deusa Afrodite.
Ela é sedução pura que nos revela a nudez das coisas.




PROGRAMAÇÃO
* Apresentação
* Afrodite na Mitologia
* Resgatando amor e beleza da Afrodite interior
* Receitas simples e naturais: cremes, shampoos, sabonetes, etc
* O poder mágico das ervas: cura e beleza de dentro para fora
* Óleo afrodisíaco, Poção de Afrodite, Banhos e Talismã do Amor
* Dançando com Afrodite
* Encerramento com um lindo Ritual para a Deusa do Amor

O que trazer:
1 rosa
1 vela
Se desejar, tudo aquilo que lhe remeta a Deusa do Amor para consagrar (talismãs, imagens, símbolos, velas, incenso, flores, conchas, etc)
Lanche e/ou bebida para confraternizar

Quando: 27 de maio, sábado, das 10hs às 21h00

Onde: Rua Carlos Silveira Martins Pacheco nº 10 sala 508 – Bairro Cristo Redentor
Procure chegar 15min antes do horário marcado, para nos dirigirmos juntas ao terraço

Investimento: 170,00
Inscrições até 25 maio via depósito bancário - número inbox

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Plenilúnio em Escorpião



Plenilúnio em Escorpião - Sol em Touro

Escorpião é um signo da água. É a intensidade emocional, a paixão, o sexo, a necessidade de penetrar nos mistérios do ser humano e da vida. Favorece o renascimento pessoal e dos relacionamentos.
A regência de Plutão sinaliza que Escorpião tem um potencial curador, pois está orientado para o âmago das experiências, os mistérios, o oculto, a sexualidade, mas precisa se tornar amigo de seus instintos e emoções, para que estes não tenham poder destrutivo.
A posse e a propriedade – do corpo, do afeto, dos bens – se manifestam com toda a intensidade neste signo que busca o propósito.  Quer conhecer o que está além e não se contenta com as aparências, pois pressente os recursos ainda não manifestos da força conjunta.
Daí, sua tremenda capacidade de revelar os segredos, traduzir as mensagens subliminares e reagir a tudo o que ameace a estabilidade e a fixidez necessária para o cumprimento de um propósito.
Dinâmico, administrador de crises, para as quais sempre encontra soluções, detesta perder o controle dos fatos, pois confia demais em sua intuição animal. É um signo relacionado ao sexo e à morte, pois o sexo em seu ápice é como a pequena morte, que marca uma etapa além da qual todos se transformam. Daí a necessidade de intensidade, de experiências transformadoras, a coragem de enfrentar as perdas e a grande paixão pelas ideias, pessoas ou causas que abraça, nas quais mergulha até o fim para conseguir sua realização.
No amor, é a paixão intensa, a sexualidade sagrada, o mergulho de corpo e alma no outro a quem dá a fidelidade e o afeto, embora prefira saber onde pisa. Por isso, para Escorpião, traições são terremotos, nos quais afunda com toda a sua alma para depois renascer, mais sábio e mais forte.
Características básicas: profundidade, magnetismo, sexualidade, envolvimento emocional, persistência, perspicácia, intuição, desapego, reciclagem, capacidade de cura, desconfiança, inflexibilidade, obsessões, lutas de poder, controle excessivo, ciúmes e vingança.




Touro é um signo de terra. Muito ligado às sensações físicas, é o símbolo da produtividade e persistência, do ritmo lento e decidido. A regência de Vênus dá aos taurinos afetividade, sensualidade e certa indolência. Representa a busca de estabilidade e segurança, com tendência à possessividade e acumulação, o que gera dificuldade com as mudanças. Touro prefere os caminhos seguros e conhecidos e mantém os pés bem firmes na terra, aguentando com paciência o que muitos outros abandonam pela metade.
Quer uma vida simples, que pode chegar ao conformismo, pois é um signo um tanto preguiçoso na hora de mudar. É ele quem tem o papel de concentrar, nas realizações terrenas, todo o impulso e o desejo iniciados por Áries.
Um ser sensual por excelência, Touro compreende a beleza, aspira a ela e tem a obstinação e teimosia necessárias para superar todos os entraves às realizações, sejam de uma ideia, projeto ou inspiração.
Seu objetivo básico é realização e consolidação, e é só a partir do valor que reconhece em algo que se esforça para realizá-lo. Daí que a palavra "valor" é mágica para Touro. Sem vislumbrar o valor de um projeto, ele pouco se anima a sair de sua posição. Essa necessidade de descobrir o valor de tudo inclui suas preferências amorosas, profissionais e existenciais. Mas quando percebe o valor de algo – e isso implica em fazer uma escolha entre mil outras possibilidades – vai até o fim.
Para fazer isso, precisa de grande intimidade com a natureza e as formas da realidade. Assim, conhece os meios corretos para tornar o que faz digno da admiração alheio. Confiável e sólido sabe fazer frutificar algo belo, um dom que pode se manifestar em muitas outras áreas de sua vida.
Características básicas: paciência, persistência, sensualidade, busca de paz, praticidade, estabilidade, sentido da forma e estética, harmonia, beleza, acomodação, teimosia, obstinação, materialismo, ciúme, possessividade. Busca com muita dedicação seus objetivos, mas deve perceber quando é necessário desapegar-se.

Como trabalhar o plenilúnio
Embora opostos, Escorpião e Touro tem em comum algumas características negativas, como inflexibilidade, necessidade de posse e propriedade e o ciúme.  A combinação de ambos exalta o descontrole emocional, a necessidade de possuir e controlar.
Por isso, esse plenilúnio favorece a avaliação da “sombra”, pois Escorpião possibilita um profundo mergulho nos registros do subconsciente para descobrir e transmutar padrões compulsivos, obsessivos, rígidos e escravizantes de Touro.

A energia curadora, mística e transformadora de Escorpião e a tenacidade de Touro, juntas, nos possibilitam alcançar, como a Fênix, o renascimento do Eu.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Círculo Sagrado para Mulheres Contemporâneas



Os Mistérios Femininos são dos Mistérios da Deusa, do Corpo, do Sangue, dos ciclos femininos e dos ciclos na Natureza celebrados desde as sociedades paleolíticas.
Para nossas ancestrais a menstruação, a gestação, o climatério, a morte e o renascimento, as estações do ano e o movimento das galáxias estavam diretamente relacionados e faziam parte do divino existente em cada mulher.
Sacerdotisas, Xamãs e Curandeiras preservaram a Tradição dos Mistérios e o conhecimento das ervas, dos ritos, do uso dos instrumentos, das direções, dos círculos e altares da Deusa, até a chegada dos deuses guerreiros, que instituíram os mistérios do Pai.
Então aquelas que curavam, que traziam crianças ao mundo, que possuíam o dom da profecia terminaram por queimar nas fogueiras da Inquisição.
A menstruação, a intuição, os sonhos, o dom da cura e da visão, o prazer sexual se transformaram em pecado.

Por séculos a mulher perdeu o direito à alma, foi infantilizada e tratada como propriedade, apertada em espartilhos físicos e morais, amordaçada e tolhida em sua liberdade, sua criatividade e sua capacidade de amar, ser e sentir.

Mas a Roda está a girar e a Deusa, exilada nos recantos mais profundos de nosso ser retorna com seus Mistérios. Ela, que habitou desde sempre, como um arquétipo nosso mundo interior, fazendo parte do tecido de nossa própria alma voltou, atendendo o chamado de nosso coração faminto.
A mulher que ouve o chamado da Deusa termina por seguir as pegadas de suas ancestrais. Tal chamado ocorre em qualquer momento na vida e então se inicia a trilha da peregrina em busca de sua reintegração com o Divino Feminino.
Os pré-requisitos para essa busca são a pureza de coração, o amor à Deusa e o respeito pela Natureza. O objetivo é reintegrar o eu fragmentado e chegar ao centro, nossa Ilha Sagrada, a Mona, Shamnalla, Avalon.
E então redescobrir a menina, a mulher, a sacerdotisa, a xamã, a curandeira, a anciã.
Enfim, se redescobrir como Deusa.

A Iniciação nos Mistérios

A jornada Círculos Sagrados para Mulheres Contemporâneas, desenvolvida por Mara Barrionuevo e mulheres do Círculo da Lua Negra é circular, solidário, teórico e vivencial, direcionado ao aprendizado, incorporação e celebração dos Mistérios Femininos na Religião da Deusa.
Uma jornada completa possui três ciclos, tais como a triplicidade da Deusa, mas cada ciclo é completo em si.
Cada ciclo é precedido por um Ritual de Abertura e encerrado num trabalho de final de semana - sábado e domingo, finalizado em outro Ritual.
Esse Ritual habilita a mulher a ingressar não apenas no ciclo seguinte, mas a ser admitida no Círculo interno, se assim o desejar.

Alguns dos objetivos da Jornada

* reconhecer a Antiga Religião como a primitiva Religião da Deusa,  recuperando a essência dos ritos ancestrais nos festivais do Sol ( Sabbaths)  nos rituais da roda da Lua (Esbats) e nos Ritos de Passagem femininos.
* diferenciar os estereótipos - modelos culturais, dos arquétipos - modelos da alma, integrantes de nossa psique.
Recuperar tais arquétipos e trazê-los à luz da consciência, a fim de compreendermos e reordenarmos o mosaico interno formado por padrões físicos, mentais, emocionais e espirituais, libertando a mulher primitiva e livre presa nas amarras culturais.
* recuperar nossa conexão com a natureza, seus elementos, sua sabedoria e seus ciclos, integrando-os de forma harmônica a vida quotidiana.
* reconhecer as múltiplas faces que habitam cada mulher. Reaprender a amar-nos em primeiro lugar para que possamos amar plenamente nossos(as) amantes, filhos, amigos e auxiliar da cura deixada por padrões negativos. Amor, compaixão, perdão e emoções são qualidades, não fraquezas.
* reconhecer e trazer à luz nossa sombra e com ela trabalhar de forma amorosa, para que se transforme em nossa aliada em força e autoconhecimento.
* reconhecer como Dádivas Sagradas os Mistérios do Sangue e os Ciclos Femininos, através de Ritos de Passagem relacionados a essas etapas.
* resgatar a antiga sabedoria e poder das filhas da Deusa.

Método de trabalho

Nossa jornada se dará através de aulas teóricas e práticas, exercícios, meditação, artesanato mágico, canto, dança, vivências e rituais.

Informações adicionais:

Tempo de Jornada: um ano e um dia, encontros semanais.
Início / inscrição: 04 de maio
Horário: quintas-feiras, das 19h às 21h30

Inscrição :170,00
Mensalidades: 170,00

Para nos preparmos para recebê-las, faça sua pré-inscrição pelo mail
circulo.da.lua.negra@gmail.com



Algumas informações sobre minha própria Jornada encontram-se nesse blog, sob o título:
Uma Pequena Biografia

Uma Pequena Biografia


Mara Barrionuevo

Não nasci numa lua cheia de Beltaine, tampouco sou uma bruxa hereditária.
Sei apenas que fui gerada num Mabon, porque sou fruto da noite de núpcias de meus pais.
Se existe essa herança, ela não vem dessa vida.
Tive sim uma tia-avó bruxa, Alda era o nome dela, mas ela nada me ensinou. Nem sei se ela sabia dos Deuses Antigos. O que sei é que se vestia de preto, fazia coisas estranhas e curava pessoas. E eu morria de medo dela.

Uma vez um astrólogo me disse: está em seu Mapa sua missão nessa vida – a Lua em Câncer na 9ª casa. Quem sabe de astrologia entenderá.

Comecei a tentar entender o que é oculto aos olhos físicos há 36 anos, através da Teosofia – Charles Leadbeater, Annie Besant e Helena Blavatsky até que, 4 anos depois, Ricardo Lindemann, então presidente da Sociedade Teosófica me disse que ‘estava na hora de entrar’. Tornei-me membro da Loja Dharma da Sociedade Teosófica. Foi com ele também que inicie minha formação em Astrologia.
Mas a Teosofia não me ensina tudo. Estudava Teosofia, Alta Magia e Tarô como caminho iniciático ao mesmo tempo. Descobri G. O. Mebes, Papus, Eliphas Lévis, Aleister Crowley e muitos outros.
Mas, apesar de tantos estudos, faltava algo que desse o real sentido dessa vida. Então descobri a Deusa, há 26 anos. Dois anos depois, fundei meu primeiro coven
.
Enquanto caminhava pela Antiga Fé, outras pessoas surgiram com suas dádivas em meu caminho.
Em 1992 conheci o lama tibetano Chagdud Tulku Rimpoche e fui por ele iniciada em Budismo Vajrayana – Tara Vermelha. Quando Rimpoche mudou-se para o Brasil, organizei o Seminário Internacional Religioso em sua homenagem, no Lindóia Tênis Clube de Porto Alegre.
Em 1993 fui inciada em Reiki I e em 1994 em Reiki II por Jason Thompson. No solstício de verão de 1999, Carmem Heller Barros me iniciou como Traditional Reiki Master, após meses de aprendizado.

Em 1997 minha relação com a Deusa e com o Sagrado Feminino sofreu uma profunda transformação. Acontecia em Glastonbury, UK, o II Goddess Conference. Atravessei o oceano para chegar a Avallon pela primeira vez. Conheci lá maravilhosas sacerdotisas da Deusa, como Lady Olivia Durdin Robertson, Katty Jones, e Levanah Morgan, que por conta de visões que tive num ritual à Arianrhod, me convidou para a Fellowship of Isis.
Foram muitas as peregrinações por lugares sagrados do sudoeste da Inglaterra e muitos os rituais feitos em cada um desses lugares – Stonehenge, Avebury, Silbury Hill, Sanctuary, West Kennet Long Barrow e, pela bondade e manifestação da Deusa de Lammas, um Crop Circle que encontramos no caminho.
Mas a jornada mais significativa e transformadora aconteceu pelas mãos da então Guardião do Chalice Well: a jornada à sagrada Ilha de Avallon. É uma experiência intensa que inclui cerca de cinco horas de caminhada pelo labirinto do Tor. O Tor é uma colina com sete patamares e, em cada patamar alcançado, um ritual para que pudéssemos finalmente alcançar a entrada da Ilha Sagrada, uma pequena caverna escondida sob pedras. É ali que depositamos as oferendas que trazíamos nas mãos e nos permitem adentrar Avallon, e lá permanecer espiritualmente por 7 dias, convivendo com seus mistérios.
Encerro aqui a história de Avallon. Já lhes contei o que pode ser contado.

Na volta ao Brasil, publiquei uma matéria falando sobre o que é permitido falar, acompanhada de uma entrevista que fiz com Katty Jones no jornal O Exotérico, do qual fui a principal colaboradora e assistente de edição por 12 anos.
Nos anos que se seguiram participei de trabalhos da Unipaz, fiz jornadas de tambor, danças circulares, tendas de suor, recebi de Mônica Giraldez o lindo trabalho de Reconsagração do Ventre e, em 2003 fiz a jornada do Milionésimo Círculo, com May East – um lindo trabalho para formação de Guardiãs de Círculos Femininos.
Em 2004 fundei meu último e atual coven: o Círculo da Lua Negra.
Bem, paro por aqui, mas deixo abaixo um resumo.
Não quero cansar os leitores com mais histórias de uma bruxa velha.
com amor
Mara Barrionuevo, Kaillean Kerr Morrighan na Arte

*Pesquisadora das áreas de ocultismo e magia desde 1981
*Pesquisadora de tarô, professora e taróloga desde 1991
*Coordenadora de grupos de estudos sobre a Antiga Fé desde 1991
*Sacerdotisa/ oficiante de Círculos mistos – antiga Fé desde 1992
*Congressista do Gooddess Conference 1997 (trabalhos com Lady Olivia Durdin-Roberson, Levanan Morgan e Kathy Jones, entre outros). Peregrina do Lammas Tor Maze Walk – iniciação dos Mistérios das Sacerdotisas de Avallon – guia: Guardiã do Chalice Well
*Guardiã de Círculos do Sagrado Feminino desde 1997
*Reconsagradora de Ventres desde 2000 – aprendizado iniciático com Mônica Giraldez
*Integrante da Tenda da Terra/UNIPAZ/2002
*Integrante de grupo de Danças Circulares Sagradas/2003 com Miriam Tlaija
*Formação como Guardiã de Círculos em 2003 - Milionésimo Círculo com May East
*Iniciada em Budismo Vajrana por Chagdud Tulku Rimpoche em 1992
*Idealizadora do Iº Seminário Internacional de Espiritualidade e Cultura Religiosa em Porto Alegre – Lindóia Tênis Clube - 1994
*Membro da Loja Dharma da Sociedade Teosófica desde 1993
*Astróloga formada por Ricardo Lindermam – Loha Dharma - 1994
*Iniciada em Reiki I em 1993/Reiki II em 1994 por Jason Thompson.
*Iniciada como Traditional Reiki Master por Carmem Heller Barros em 1999
*Assistente de edição e principal colaboradora do Jornal O Exotérico por 12 anos. Matérias para os jornais Status Vitae, Athame e Aquarius
*Palestrante com foco nas culturas da Deusa em Porto Alegre, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro
*Inúmeras entrevistas para TV sobre inúmeros aspectos da Espiritualidade desde 1992
TV Guaíba (programa Mandala)  - RBS TV - TV Barriga Verde (SC)


*Palestrante/convidada UFRGS – Curso de Ciências Sociais/2015 – Tema: Bruxaria